Cada Cachorro que lamba sua pata, já diz um járgão popular, mas ultimamente virou moda instituíções atribuirem suas falhas ao sistema penitenciário, recentemente um mega-traficante foi posto em liberdade pelo simples fato de que o mandado de prisão, não havia sido disponibilizado no sistema do TJERJ, mas no final a culpa caiu sobre os ombros da SEAP ao colocar um preso em liberdade.
Rio – Nos últimos anos, temos acompanhado constantemente órgãos da execução penal e demais instituições, atribuindo seus próprios erros a gestão da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro. Terá sido a Seap e os Policiais Penais o esgoto dos malfeitos de outras instituições?
Pelo que consta, não foi um Policial Penal que abandonou as viaturas de transportes sem manutenção; não foi um Policial Penal que rebaixou o SOE a serviço de transporte, nem foi um Policial Penal que tirou a gratificação dos Diretores e Coordenadores para agradar indicados de sabe-se lá quem! O uso indiscriminado de verbas secretas não poderia ser revertido para manutenção das viaturas? Não, não foi o Policial Penal que sucateou o sistema Penitenciário, ou tampouco é o responsável pela superlotação das celas coletivas do cárcere fluminense, não foi o Policial Penal de Carreira que criou a ideia de que a interferência de parlamentares nas indicações à cargos além de outros diversos interesses que atenda a tudo, exceto ao interesse da administração pública.
A AudVirt foi uma criação legitima da Polícia Penal do RJ, a primeira do Brasil a ser regulamentada, assim, como foi a que mais fez audiências nos anos de 2020/21, um projeto gestado por uma Policial Penal de carreira, e, copiado Brasil a fora, recebendo representantes do CNJ e de diversos Estados para aprender como fomo foi elaborado e implantado no Estado do Rio de Janeiro.
Salvo melhor juízo, a Seap e seus policiais penais do Estado do Rio não podem ou não deveriam aceitar que a passagem de aventureiros com espírito de colonizadores os colocassem em patamar de inferioridade não condizente com a realidade.
Outras instituições cometeram seus deslizes, e erram ao imputar à Polícia Penal suas consequências, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária não pode ser o esgoto de quem faz as mazelas e despeja no âmbito da Seap.
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