Rio – Na manhã de ontem, terça-feira (12/04), nosso Portal teve acesso a informação que; apesar das diversas liberações de verbas secretas para o gabinete do ex-secretário Fernando Veloso, perfazendo um total de quase R$300.000,00 (trezentos mil reais) em um curto período, inferior a sete meses, quando da transição, nada restou ao gabinete da nova comandante da pasta.
Pelo visto, rasparam o tacho! A última liberação publicada em D.O no valor de 44 mil foi há 20 dias. Segundo informações, a servidora contratada estaria assustada, e com a devida razão, dos R$44.000,00 (quarenta e quatro mil reais) sacados, em virtude de publicação em seu nome, esse valor foi sacado em espécie.
A nova chefe da pasta Maria Rosa Lo Duca Nebel, terá muito trabalho até arrumar a casa. O Legado herdado da gestão passada, vai além das inexplicáveis verbas mais do que secretas, soma se a isso um caminhão de regalias a criminosos, com uma aparente omissão ou cumplicidade com criminosos de dentro da própria polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro,
Para piorar, na manhã desta quarta-feira, veio a tona o caso do preso Maurício Demétrio, delegado de Polícia, acusado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por chefiar uma quadrilha que extorquia comerciantes no Município de Petrópolis RJ. O preso Maurício Demétrio, esteve sob o comando direto do Secretário Fernando Veloso, entre os anos de 2014 a 2016, quando Fernando Veloso teria sido NOMEADO CHEFE DA POLÍCIA CÍVIL, pelo ex-governador preso, Luiz Fernando Pezão.
Segundo investigação do MPERJ, Demétrio gozaria de prestígio, mordomias e tratamento diferenciado dos outros cinquenta e três mil detentos do estado, afinal, ao ingressar no sistema prisional, não teve a sua foto adicionada em sua ficha interna, comum aos demais de detentos, ou ao menos os cabelos raspados conforme determina as normas da SEAP-RJ.

Ao contrário dos demais mortais, Demétrio, quando ingressou no sistema prisional, posou para foto, com trajes de gala, digno de hospede VIP de hotel Cinco Estrelas. Nem mesmo Sérgio Cabral, ex-governador, ao ingressar em Bangu X, preso pela operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato, foi poupado de ter seus cabelos cortados, e sua foto oficial de ingresso no sistema, com a famosa camisa verde, usada pelos detentos do sistema penitenciário do Estado.

Demétrio está preso desde 30 de junho do ano passado e a regalia de usar a roupa que quisesse perdurou pela administração de seu colega, o então secretário Fernando Veloso. O GLOBO procurou a Seap que, por meio de sua assessoria, informou que “esclarece que a atual gestão, que assumiu a pasta há apenas quatro dias, vai apurar as informações e, caso confirmadas, vai atuar para responsabilizar os envolvidos”.
DESCASCANDO ABACAXI
As cadeias abandonadas a meses, sem um trabalho de revistas nos presídios durante todo período, na gestão passada, terá agora que ser passada a limpo, um verdadeiro pente fino nas celas dos presídios do Estado, revistas que provavelmente não teve a devida atenção no controle entrada de diversos ilícitos, já que produtos irregulares foram autorizados oficialmente por um dos subsecretários de Veloso, o que abre margem para que demais objetos fossem inseridos no interior das unidades prisionais sob omissão e descaso de uma gestão que veio para usar a secretaria como trampolim para projeto político pessoal.
Especialistas ouvidos por nossa redação, acreditam que a nova gestora terá muito trabalho pela frente, principalmente pelo caos que se deixou instalar neste período de total abandono das atividades triviais do cárcere.
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