Servidora já respondeu a processo na CGD por suspeita de favorecer internos, mas foi absolvida. Ela protestou contra a gestão do Sistema Penitenciário cearense nesta semana.
Um dos presos na megaoperação deflagrada pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) contra uma facção criminosa carioca, na última sexta-feira (19), é Francisco Alex Matias da Silva, que já tinha antecedentes criminais e tem um relacionamento amoroso com uma policial penal do Estado. A maior operação da história da Instituição cumpriu 813 mandados judiciais, sendo 358 de prisão.
A servidora, Carla Daniele Duarte de Sousa, já respondeu a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) por suspeita de favorecimento a internos de uma unidade penitenciária, mas foi absolvida.
Ela estava na manifestação da categoria realizada em frente à Assembleia Legislativa do Ceará, na última terça (16), e chegou a tecer comentários em um microfone contra a gestão da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP).
Carla Daniele já publicou uma fotografia nas redes sociais na cama com Francisco Alex. A reportagem apurou que a foto foi feita nos alojamentos da antiga Cadeia Pública de Uruburetama, durante uma visita social. Ela era diretora da Unidade, que já foi desativa junto de outras cadeias públicas.
Contra Francisco Alex foi cumprido um mandado de prisão preventiva, em Uruburetama. Ele é suspeito de integrar o segundo escalão da facção carioca no Ceará, com perfil de liderança em municípios como Uruburetama e Tururu.
O suspeito já tinha passagens pela Polícia por dois roubos, dois casos de tráfico de drogas e crimes do Sistema Nacional de Armas. Em um dos casos de tráfico de drogas, ele foi condenado a 7 anos de prisão na Justiça Estadual – pena que depois começou a cumprir no regime semiaberto, com saídas do cárcere para trabalhar. Com a nova prisão, ele irá responder pelo crime de organização criminosa.
A reportagem tentou contato com a policial, inclusive por meio de outros Policiais Penais, mas sem sucesso , Daniele não deu retorno.
CASOS PARECIDOS MAS NÃO IGUAIS.
POLICIAL PENAL DANIELE FOI ABSOLVIDA EM PROCESSO ADMINISTRATIVO,, ENQUANTO NO CASO DO RIO DE JANEIRO, SEQUER FOI ABERTO SINDICANCIA, POIS ALÉM DE TER UM CASO COM O PRESO CONDENADO POR EXECUTAR A JUÍZA PATRICIA ACCIOLI, TAMBÉM FOI AMANTE DO DIRETOR DO PRESIDIO ARY FRANCO EM ÁGUA SANTA.
Carla Daniele Duarte de Sousa foi absolvida, junto de outro policial penal, em um PAD que tramitou na CGD, por suspeita de favorecimento a internos da antiga Cadeia Pública de Uruburetama. O processo foi instaurado em 5 de junho de 2018 e a absolvição da dupla se deu em 9 de fevereiro de 2021.
Conforme publicações do Diário Oficial do Estado (DOE), o policial penal investigado “estaria solicitando ou recebendo dinheiro para levar presos para o hospital, para autorizar a saída de internos para visitarem familiares e para fazer transferências de detentos entre unidades prisionais”.
O esquema de favorecimento teria o consentimento de Carla Daniele, que era a diretora da Cadeia Pública de Uruburetama. Ela também era suspeita de desviar alimentos destinados aos presos e de se apropriar de dinheiro do trabalho dos internos.
A defesa de Carla alegou que a servidora “que o conjunto probatório produzido nos autos do presente processo, confirma as informações de que a defendente sempre pautou suas ações no cumprimento de decisões judiciais e amparada na própria Lei de Execuções Penais, agindo na mais perfeita legalidade”.
“Segundo a defesa, as acusações não se materializam e não possuem embasamento algum”, narra a CGD.
FONTE – DIÁRIO DO NORDESTE
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