O que mais me surpreendeu assistindo ao mais recente filme do Brasil Paralelo, Cortina de fumaça, não foi a eugenia praticada por alguns povos indígenas, isso eu já tinha conhecimento. Também não foram os interesses escusos das grandes potências sobre a “preservação” da Amazônia, acredito que qualquer cidadão com o mínimo de inteligência percebe isso. Tampouco o demagógico discurso das ONGs ambientalistas, com suas previsões apocalípticas. De fato, o que chama a atenção, foi saber que o Brasil tem um candidato ao prêmio Nobel da Paz, e como desmerecemos esse fato com a sua não divulgação.
Alysson Paulinelli, professor, engenheiro agrônomo, ex-secretário da Agricultura de Minas Gerais (1971-1974), ex-ministro da Agricultura (1974-1979), deputado federal constituinte (1987-1991), liderou na década de 1970 quando estava no ministério da agricultura do governo Geisel, o salto científico e tecnológico que colocou a agricultura brasileira, utilizando-se do então inexplorado bioma do Cerrado, no centro da produção de alimentos do planeta. Este senhor de 84 anos teve sua candidatura lançada ao Nobel da Paz, pelos relevantes serviços prestados na luta de alimentar o planeta.
É impressionante como fala-se tão pouco de importantes conquistas de figuras de verdadeira relevância para o desenvolvimento nacional e humanitário em detrimento a assuntos de menor relevância. Se um povo que não conhece sua história está fadado a repetição de erros, também se conhece esse mesmo povo pelos seus ídolos. Sem desmerecer a indústria do entretenimento, que tem sua importância, o fato é: Quem deve ser o espelho das futuras gerações?
Uma sociedade só amadurece quando trata cada assunto com sua devida proporção, e independente de qualquer linha de pensamento político partidário, não enaltecer, ou pelo menos divulgar, os fatos realmente relevantes ao país, é um desserviço da nossa mídia. Parabéns ao BRASIL PARALELO.
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