Músico inocentado pela Justiça é detido novamente por crime que não cometeu.

Escrito por Portal TPNews

24 de Agosto de 2022

Categoria(s): Justiça

Tag(s): Rio de Janeiro

Rio – O músico Luiz Carlos Justino foi detido novamente pela polícia após ser inocentado pela Justiça do Rio de Janeiro. O rapaz, de 24 anos, foi preso em 2020 acusado por um assalto à mão armada, crime que não cometeu.

Luiz Carlos foi parado por uma blitz na noite de segunda-feira (22), enquanto voltava de uma partida de futebol com amigos. Ao ser abordado por policiais e sua ficha checada preventivamente, constava um mandado de prisão em aberto para o músico.

Parece piada, mais não é, pois infelizmente esta é uma realidade rotineira no Estado do Rio de Janeiro, afinal. erros como este do sistema oficial de Justiça, não só foi responsável por prisões de inocentes como também pela soltura de verdadeiros criminosos.

Neste caso, a Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro corroborou com a informação, declarando que não consta mandado de prisão em aberto no sistema. “O jovem foi conduzido à delegacia por agentes do programa Segurança Presente. Após consulta, ele foi liberado”.

Soltura do Traficante Abelha foi responsável pelo início de crise na Secretaria de Administração Penitenciária em 2021, quando o Chefe da facção criminosa Comando Vermelho, que deixou presídio do Rio pela porta da frente tinha mandado de prisão constando como ‘cumprido’ em sistema oficial do TJRJ.

Fonte –

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/11/13/chefe-de-faccao-criminosa-que-deixou-presidio-do-rio-pela-porta-da-frente-tem-mandado-de-prisao-constando-como-cumprido-em-sistema-oficial.ghtml

Três meses depois de sair da cadeia pela porta da frente, o traficante Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, ainda não tinha mandado de prisão vigente em seu nome no sistema oficial. A saída do chefe da facção criminosa Comando Vermelho do Instituto Penal Vicente Piragibe gerou uma investigação do Ministério Público e uma apuração interna da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). É o sistema oficial, onde autoridades e policiais de todo país consultam mandados de prisão.

O Portal Tpnews apurou que no Sistema de Controle da Divisão de Capturas da Polícia Civil, a Polinter, constam três mandados em aberto contra abelha, que continua atuando livremente nas comunidades dominadas pela facção que representa.

O rapaz, violoncelista da Orquestra de Cordas da Grota há doze anos, foi conduzido para a delegacia após passar por uma averiguação nas ruas de Niterói, atualmente teme sair as ruas, dando sinais da síndrome do pânico, consequência dos erros ou indiferença da justiça com os menos favorecidos.

Secretário chegou a ser preso injustamente.

A soltura de Abelha gerou o início de mais uma crise na S.e.a.p na época. O Ministério Público chegou a fazer buscas na casa do então secretário Raphael Montenegro, que após investigação ficou comprovada a sua inocência e consequentemente o devido arquivamento do processo criminal.

A reportagem também entrou em contato com o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro), que destacou que o músico foi absolvido da acusação em junho do ano passado.

“Também foi deferido, no processo, pedido da Defesa para retirada de sua fotografia do álbum de suspeitos da 79ª DP. O nome dele não consta mais no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. O processo dele foi arquivado”.

O TJ-RJ informou ainda que está sendo feito um levantamento do histórico de lançamentos no (BNMP) Banco Nacional de Mandados de Prisão sobre o processo para verificação das ordens judiciais.

O CASO

Luiz Carlos Justino foi detido em setembro de 2020, em Niterói, na região metropolitana do Rio, sob suspeita de participar de um assalto em 2017.

O rapaz, violoncelista da Orquestra de Cordas da Grota há doze anos, foi conduzido para a delegacia após passar por uma averiguação nas ruas de Niterói. Na unidade, foi constatado um mandado de prisão preventiva (sem prazo) contra ele devido a um assalto ocorrido em novembro de 2017.

Segundo a polícia, a vítima reconheceu Justino por foto como sendo um dos quatro homens que praticaram o assalto. No entanto, na data do crime, o músico se apresentava em um evento cultural em uma padaria de Piratininga, bairro nobre de Niterói.

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