Ruben Berta
Do UOL, no Rio
23/04/2022 04h00
Duas empresas que têm como sócio um delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro ganharam dois contratos sem licitação —no valor total de R$ 4,4 milhões— para prestar serviços de vigilância e apoio administrativo em três unidades administradas pela Fundação Saúde, do governo fluminense.
A Polícia Civil afirmou que “não há transgressão disciplinar quando o servidor é sócio cotista [da empresa]”, como é o caso do delegado Eduardo Clementino de Freitas. A sócia que consta na Receita Federal como administradora das firmas é a esposa do delegado Eduardo Clementino de Freitas, Priscila Duarte Allevato de Freitas.
O advogado Thiago Guimarães, que representa as empresas Vigdel Vigilância e Segurança e Vigdel Serviços Terceirizados, negou irregularidades ou conflito de interesses e ressaltou que as firmas não possuem contratos com a Polícia Civil. A Fundação Saúde, por sua vez, afirmou que as contratações seguiram os ritos legais e que não havia impedimento para a contratação das empresas nos sistemas de cadastros públicos. …
Fundação rejeitou propostas melhores Apesar de outras três firmas terem oferecido valores mais baixos, a Vigdel Vigilância e Segurança foi a escolhida para fornecer por seis meses serviço de vigilância desarmada para o Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita (Baixada Fluminense), e para o centro de diagnóstico Rio Imagem, na região central da capital. O contrato foi assinado com a Fundação Saúde em 1º de novembro do ano passado. Na pesquisa de preços feita pelo órgão —que ocorre mesmo quando há dispensa de licitação—, a Braço Forte (com proposta de R$ 650 mil), a Magna Vigilância e Segurança (R$ 736,5 mil) e a Foco Segurança Empresarial (R$ 654,9 mil) foram desclassificadas. A Foco chegou a constar como vencedora em um documento interno da fundação, de 22 de setembro. Em 8 de outubro, porém, a decisão foi revista, com a exclusão da empresa por um detalhe contábil. A Vigdel então foi a escolhida, com o valor de R$ 871 mil —uma diferença de mais de R$ 200 mil. A Fundação Saúde alegou que “o não cumprimento dos requisitos mínimos impede a contratação da empresa, mesmo que o preço seja inferior, sob pena de prática de ato ilegal e suas consequências legais”. Pesquisa de preços em 24 horas O segundo contrato, de R$ 3,582 milhões, foi assinado pelo órgão estadual com a Vigdel Serviços Terceirizados em 1º de abril para fornecimento de mão de obra de apoio
… – Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/04/23/rj-empresas-de-delegado-ganham-r-44-mi-sem-licitacao-na-saude.htm?cmpid=copiaecola
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