Apesar de alegar insegurança em presídio, Justiça rejeita novo pedido por revogação e conversão da prisão de Adriana Belém

Escrito por Portal TPNews

24 de Maio de 2022

Categoria(s): Sistema Penitenciário

Tag(s): Rio de Janeiro

Delegada não é a primeira a usar deficiência do sistema prisional para obter vantagem em pedido de relaxamento de prisão ou domiciliar.

Rio – Delegada Adriana Belém teve o pedido de revogação ou conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar rejeitado pela justiça do Rio nesta segunda – feira , (vinte e três de maio) no pedido, os advogados da policial, que foi presa após pouco mais de R$ 1,8 milhão terem sido encontrados em seu apartamento na Operação Calígula, afirmam que ela vem sofrendo ameaças dentro do Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, Zona Norte do Rio, o mesmo argumento foi usado por Monique Medeiros, denunciada como uma das responsáveis pela morte do próprio filho. Cabral também alegou se sentir ameaçado pelo ex-secretário Veloso, para conseguir sua transferência de Bangu 8 para o presídio em Niterói, (Batalhão Prisional Militar).

Embora os argumentos sejam verdadeiros quanto ao Sistema prisional brasileiro não oferecer segurança que garanta a integridade física dos custodiados da justiça, os argumentos acolhidos pela justiça até o momento, só contemplam em sua totalidade, os pedidos de celebridades, políticos, autoridades presas pela justiça, a grande parte delas denunciadas por corrupção. O que ocorre é que com o sucateamento dos presídios do Estado do Rio de Janeiro, fruto de corrupção praticada pelos mesmos que quando presos reclamam das condições precárias dos presídios por eles sucateados.

Assim como Maluf, conheça outros políticos que cumprem ou j[a cumpriram prisão domiciliar.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 19 de abril de 2018, que o deputado Paulo Maluf, do PP-SP, passasse a cumprir sua pena em casa, e não mais na Penitenciária da Papuda, devido à alegação de problemas de saúde. Ele foi condenado por lavagem de dinheiro, preso em dezembro de 2017.

João Paulo Cunha

O ex-deputado federal pelo PT-SP foi condenado no mensalão a seis anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto, mais multa de R$ 373.500. Ele cumpria pena por corrupção passiva e peculato, seis meses após a sua prisão, foi autorizado a cumprir prisão domiciliar, após alegar problemas de saude.

José Dirceu

O ex-ministro da Casa Civil foi condenado pelo mensalão a sete anos e onze meses de prisão mais multa de R$ 971.128,92 por corrupção ativa. O ministro Luís Roberto Barroso autorizou que o político fosse para casa após cumprimento de um sexto da pena e, em outubro de 2016,

Adriana Ancelmo

O Superior Tribunal de Justiça manteve prisão domiciliar da advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Adriana era na época, mãe de dois jovens, de 11 e 14 anos. Para o ministro Sebastião Reis, que apresentou voto vencedor, a presença materna é fundamental para a estruturação e regular crescimento psíquico e emocional das crianças. Entretanto, a mesma interpretação nunca é aplicada para as detentas desprovidas de influência política ou poder econômico.

O paradoxo perfeito está presente nesta prática constante, afinal, aqueles que são os responsáveis pelo caos que assola o sistema prisional, são constantemente livrados de passarem por ele,

Sistema carcerário brasileiro: negros e pobres na prisão

De acordo com o Infopen, um sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo. São aproximadamente 700 mil presos sem a infraestrutura para comportar este número. A realidade de celas superlotadas, alimentação precária e violência. Situação que faz do sistema carcerário um grave problema social e de segurança pública. Além da precariedade do sistema carcerário, as políticas de encarceramento e aumento de pena se voltam, via de regra, contra a população negra e pobre. Entre os presos, 61,7% são pretos ou pardos pobres. Vale lembrar que 53,63% da população brasileira têm essa característica. No sistema penitenciário brasileiro são sistemáticas as práticas de gravíssimas violações aos direitos humanos, notadamente a tortura, os tratamentos desumanos e degradantes e o homicídio.sempre contra os presos de condições sociais precária, em sua maioria moradores das grandes e bolsões de miséria existentes nas periferias. Esta grande massa carcerária não gozam dos prestigiosos comuns a outros criminosos, como políticos, delegados, coronéis, empresários que, dentre outros abastados que gozam da influência política financeira.

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