BRASÍLIA – O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres, preso neste sábado, 14, é suspeito de cinco crimes envolvendo a invasão e a depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília.
O mandado de custódia preventiva expedido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aponta que Torres é investigado por atos terroristas, dano, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Torres foi preso no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, após chegar à capital federal em um voo que partiu de Miami (EUA), onde ele passava férias com a família, em Orlando — onde Bolsonaro está desde o dia 30 de dezembro, antes da posse de Lula.
Na ordem de prisão, Moraes determinou que a autoridade policial responsável pelo cumprimento do mandado evitasse a “exposição indevida” de Torres. “Abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática; ficando a seu critério a utilização ou não de uniforme e respectivos armamentos necessários à execução da ordem”, escreveu o ministro.

As diretrizes pela discrição foram as mesmas ordenadas no mandado de prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira. Ambos também foram alvos de busca e apreensão por ordem de Moraes, no inquérito que apura a responsabilidade de cada um na invasão dos prédios públicos.
A Polícia Federal montou uma operação para preservar a imagem de Torres ao cumprir o mandado de prisão. O ex-ministro foi preso logo ao desembarcar, no hangar da corporação no aeroporto. Depois, ele foi levado ao Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), que integra o 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, no Guará, região administrativa a 15 quilômetros da região central de Brasília.
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